Definições vivi@badif7gd27 7 de junho de 2024

DefiniçõesVamos entender as definições e características da dor, com foco especial na dor lombar, suas causas, impactos e abordagens de tratamento

O que é dor?

Segundo a IASP – International Association For The Study Of Pain, a dor é “uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada ou semelhante àquela associada a uma lesão tecidual real ou potencial”.

Essa definição enfatiza que a dor é uma experiência subjetiva e complexa que pode ocorrer não apenas em resposta a uma lesão real, mas também a uma lesão em potencial ou mesmo na ausência de uma lesão aparente. A inclusão da frase “ou semelhante àquela associada” amplia o entendimento da dor para incluir casos em que a sensação de dor não está diretamente ligada a uma lesão física evidente, mas pode ser influenciada por outros fatores, como processos patológicos ou psicológicos. Essa definição mais ampla reflete uma compreensão atualizada e abrangente da dor, reconhecendo sua natureza multifatorial e suas implicações para a saúde física e mental das pessoas.

Isso significa que a dor vai além da simples sensação física de desconforto. Ela também envolve aspectos emocionais, como medo, ansiedade e frustração. Por exemplo, quando você se machuca, além da dor física, você pode sentir preocupação, tristeza ou até mesmo raiva por estar machucado. Esses sentimentos adicionam uma dimensão extra à sua experiência de dor, tornando-a mais complexa e intensa.

Além disso, a definição atualizada de dor reconhece que a percepção de dor pode ser influenciada por uma variedade de fatores, como experiências passadas, expectativas futuras, crenças pessoais e até mesmo o ambiente em que você se encontra. Por exemplo, se você tem uma experiência negativa relacionada a uma determinada atividade física, é mais provável que associe essa atividade à dor no futuro, mesmo que não haja uma lesão real ocorrendo.

É essencial respeitar o relato de dor de uma pessoa, pois este é um aspecto central na avaliação e tratamento da condição dolorosa. Além disso, a expressão da dor pode ocorrer de várias formas, não se limitando apenas à descrição verbal. Mesmo quando a comunicação verbal não é possível, isso não exclui a possibilidade de uma pessoa sentir dor.

Embora a dor desempenhe um papel adaptativo em muitas situações, é importante reconhecer que ela pode ter efeitos adversos na função e no bem-estar físico, psicológico e social. Portanto, uma abordagem multidimensional no tratamento da dor, considerando os aspectos biopsicossociais, é fundamental para proporcionar alívio e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Dor Lombar


A dor lombar é caracterizada pela presença de dor, tensão muscular ou rigidez localizada abaixo da margem costal e acima das pregas glúteas inferiores, podendo ou não estar acompanhada de dor nas pernas.

É uma condição muito comum em todo o mundo (em torno de 80% dos indivíduos irão experimentar um episódio em algum momento ao longo da vida), persistente e de alto custo, que frequentemente impacta as atividades diárias dos pacientes.

É importante destacar que a lombalgia não é uma condição uniforme, mas sim uma síndrome complexa com uma variedade de apresentações clínicas e possíveis causas. Embora muitos casos sejam classificados como inespecíficos, ou seja, quando a causa subjacente não pode ser identificada, é crucial investigar e diferenciar entre a dor lombar inespecífica e os casos específicos; que podem estar relacionados a condições médicas mais graves. Em cerca de mais ou menos 85% dos casos, a lombalgia é considerada de origem não específica.

Quanto à duração, a lombalgia pode ser classificada como aguda (até 6 semanas) ou crônica (mais de 3 meses). A dor lombar de duração crônica e não específica é vista como uma síndrome de dor multifatorial, influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais. Vários estudos sugerem que ela está ligada a padrões mal adaptativos de comportamento, crenças negativas, medo da dor, depressão, entre outros.

Uma abordagem centrada no paciente é fundamental para alcançar os melhores resultados no manejo da dor lombar. Isso envolve a colaboração entre o paciente e uma equipe multiprofissional, com o objetivo de desenvolver um plano de tratamento individualizado que leve em consideração as necessidades, preferências e objetivos específicos de cada pessoa.

Crise de dor lombar – O Que Fazer?


A relação entre repouso e permanência em atividade durante uma crise de dor lombar tem sido objeto de estudo há muito tempo. Anteriormente, a recomendação comum para pacientes com lombalgia aguda era o repouso absoluto no leito, acreditando-se que isso ajudaria na recuperação. No entanto, evidências mais recentes sugerem que permanecer ativo, dentro dos limites da dor, pode ser mais benéfico para a maioria dos pacientes.

Os estudos científicos destacam que o repouso prolongado no leito pode levar a complicações, como perda de massa muscular, rigidez articular e diminuição da capacidade funcional. Por outro lado, a atividade física leve e gradual pode promover a recuperação, aumentar a força muscular, melhorar a flexibilidade e reduzir a dor.

Ao permanecer ativo, os pacientes com lombalgia podem experimentar uma melhora mais rápida dos sintomas, uma redução do risco de cronicidade da dor lombar e uma melhoria na qualidade de vida geral. Isso inclui atividades como caminhadas curtas, exercícios leves e graduais.

No entanto, é importante ressaltar que a transição para a atividade física deve ser gradual e personalizada, levando em consideração a gravidade dos sintomas e as capacidades individuais de cada paciente. Além disso, o repouso relativo pode ser recomendado durante os momentos de dor intensa, adotando algumas posições de alívio específicas, mas sempre com o objetivo de retornar à atividade física assim que possível.

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